quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Plano de aula-PROJETO PLANTAS QUE CURAM

Projeto Plantas que curam
Projeto "Bananal , vendo e vivendo seus encantos"

Curso :Permacultura Aplicada à Construção e Manutenção de Hortas

Data : 25 de setembro de 2010

Horário: 08 horas
18 horas

Local : EMEF"Professora Zenóbia de Paula Ferreira"

Responsáveis: Fabiano Leite
João Eduardo
Ilana de Oliveira

Apoio : IDeLS
Secretaria de Educação


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domingo, 23 de maio de 2010

Historia Fazenda Resgate



Em 1776, um local denominado “o Resgate” deu origem ao que anos mais tarde seria a fazenda do Resgate. Este local pertencia a fazenda Três Barras, cabeça de sesmaria do padre Antônio Fernandes da Cruz.
“O Resgate” tornou-se uma fazenda em 1828, como dote de casamento de Alda Rumana de Oliveira com o coronel Ignágio Gabriel Monteiro de Barros. Nesta época, a propriedade produzia toucinho, milho, feijão, farinha e café (porém em pouca quantidade) e, além disso, possuía 77 escravos.
Em 1833, a fazenda Resgate foi comprada pelo senhor José de Aguiar Toledo, um comerciante português que chegou ao Brasil em meados do século XVIII. Toledo chega a Bananal no início do século XIX, trazendo consigo, de Minas Gerais, a solução arquitetônica implantada na fazenda e o pioneirismo no plantio do café em larga escala na região.

Em 1838, por ocasião do falecimento de José de Aguiar Toledo, a fazenda Resgate e suas demais propriedades são deixadas como herança para seus oito filhos. Em pouco tempo, Manoel de Aguiar Vallim, um dos oito irmãos, compra todas as partes da fazenda Resgate e estabelece moradia na propriedade. Em 1844, Manoel de Aguiar Vallim casa-se com Domiciana de Almeida, filha do comendador Luciano José de Almeida, dono da fazenda Boa Vista e titular de uma das maiores fortunas do Brasil na época.
Em alguns anos Manoel de Aguiar aumenta substancialmente sua fortuna e, em 1855, resolve fazer uma reforma na casa de vivenda do Resgate. Assim, Mr. Brusce principia as obras no sobrado adaptando-o ao estilo neoclássico, tão em voga em Paris.
Agora, a casa construída em meados do século XVIII, baseada no estilo senhorial português (com apenas um pavimento) e adaptada à solução mineira de produção de café da primeira metade do século XIX (já com dois pavimentos, porém sem nenhum requinte), ganha uma facha neoclássica com uma escada central em cantaria. Os materiais de construção empregados na reforma também diferem daqueles utilizados em sua construção: o primeiro pavimento é feito em pedra e pau-a-pique e o segundo com tijolos de adobe. Contudo, apesar da fachada em estilo neoclássico, os fundos da casa estão pousados ao “rés do chão”, em uma planta em formato de “U” com três mansardas: duas laterais e uma voltada para o pátio interno, característico do partido mineiro. A reforma também abarca o pátio interno, que recebe nova feição. A sala de jantar é colocada junto a ele para fins de arejamento e iluminação, como se fazia nas residências burguesas na França, idealizando uma nova disposição do espaço. Esta é uma mudança fundamental nos parâmetros de moradia do Brasil oitocentista. Desta forma, o Resgate transforma-se em um monumento/documento completamente preservado da história do Brasil.
A partir de 1858, o pintor espanhol José Maria Villaronga começa a pintar o segundo pavimento do casarão do Resgate. No hall de entrada encontram-se retratados os produtos agrícolas da fazenda: em posição principal o café, circundando-o, a cana, o milho, o feijão e a mandioca. Na sala de visitas, em estilo barroco, pássaros brasileiros e detalhes em madeira coberta com folhas de ouro. Na sala de jantar, três afrescos: em posição central, a riqueza do proprietário, ladeando esta pintura, mais dois afrescos que representam a colônia chinesa de Bananal. A capela também se destaca por suas pinturas e detalhes em madeira com folhas de ouro. No mezanino, afrescos com várias representações de Nossa Senhora. No primeiro pavimento, além do altar em estilo barroco e das diversas pinturas, um grande afresco retratando o batismo de Jesus é peça central deste espaço.
Em meados de 1850, no auge da produção cafeeira da província de São Paulo, o Resgate já contava com mais de 400 escravos. Destes, 49 eram destinados ao serviço direto do senhor, sendo: cinco caseiros, 13 cozinheiras, cinco pajens, sete costureiros, um alfaiate, duas amas, oito mucamas, um copeiro, um sapateiro, um barbeiro, duas lavadeiras, uma rendeira, um seleiro e um hortelão. Agora, o primeiro pavimento da casa de vivenda abrigava a senzala das mucamas e, a frente da casa, erguia-se um enorme complexo de senzalas para os demais cativos.
Em 1878, falece o comendador Manoel de Aguiar Vallim, uma das maiores fortunas do Brasil Imperial e maior produtor de café da província de São Paulo. Em seu inventário constam as fazendas do Resgate, Três Barras, Independência, Bocaina, além de diversos outros sítios e situações. Tinha quase 400 escravos, além de um palacete de “dezesseis janelas”, casas e o teatro Santa Cecília com seus acessórios, na cidade de Bananal. Vallim era titular de uma fortuna correspondente a 1% de todo papel moeda circulante no Brasil, composta por inúmeros títulos da dívida pública (inclusive dos Estados Unidos) bens em ouro, prata e brilhantes.
Contudo, o legado mais importante deixado pelo comendador Manoel de Aguiar Vallim é a sede da Fazenda Resgate, tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional e considerada uma das cem mais belas e importantes edificações da história do Brasil.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Poemas de Vinicius

Pela luz dos olhos teus
Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teusResolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teusResiste aos olhos meus só p'ra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar.
O VELHO E A FLOR
Por céus e mares eu andei,
Vi um poeta e vi um rei
Na esperança de saber
O que é o amor.
Ninguém sabia me dizer,
Eu já queria até morrer
Quando um velhinho
Com uma flor assim falou:O amor é o carinho,
É o espinho que não se vê em cada flor.
É a vida quandoChega sangrando aberta em pétalas de amor.


SONETO DE FIDELIDADE
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...